QUEM ERA O PRIMEIRO MÁGICO, ANTES DE DEDI?

O papiro de Westcar, que conta a história de Dedi, foi descoberto em meados de 1830, porém só foi traduzido no final do século XIX, por volta de 1890.

Nesse meio tempo, os mágicos tinham outro eleito, que não Dedi, alçado ao posto de “o primeiro mágico da história”.

Alexander Herrmann em seu livro “A history of the art of magic” de 1856 é bastante vago ao falar do primeiros magos. Segundo ele, “qualquer ato que pudesse ser considerado maravilhoso, fosse o poder natural dos imãs, fosse um ato divinatório, em algum momento foi conhecido pelo nome de mágica ou arte negra”.

Ele segue dizendo que os magos sempre foram considerados nobres e por isso, possuíam qualidade superiores às demais pessoas. Além das virtudes, possuíam um conhecimento secreto que lhes tornava poderosos (talvez daí venha a ideia do mágico ter que guardar segredos).

Alguns anos mais tarde Thomas Frost escreveu “The lives of the conjuros” (1876). No livro, Frost se aprofunda um pouco mais sobre quem foram os primeiros mágicos.

Em sua tese Frost nomeia os sacerdotes egípcios que confrontaram Arão e Moisés como o primeiro registro de um mágico da história. O truque dos sacerdotes teria sido transformar seus cajados em cobras vivas (Exôdo 7).

Foi só em 1897 que Henri Ridgley Evans, ao prefaciar o livro de Albert Hopkins “Magic – Stage illusions and scientific diversions“, cita a história de Dedi, ao qual ele chamou de “Tchatcha-em-ankh”, informação que ele viria a repetir em seu prórpio livro, nove anos mais tarde.

Finalmente, em 1914, Nevil Maskelyne e David Devant “batizam” Dedi corretamente e contam a sua história, publicada na “Magic Circular” volume 09. Só a partir daí é que o nome Dedi passa a ser reconhecido como o primeiro mágico da história.